tag:blogger.com,1999:blog-19551060395418765232024-03-19T04:37:59.523-03:00☼ Vozes da VilaYuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.comBlogger20125tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-28625255407600590962012-05-24T11:55:00.001-03:002012-05-24T11:55:46.015-03:00☼ VOZES DA VILA NA TV UNIVERSITÁRIA<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/BfVDANP9sAM" width="640"></iframe>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQFDm57aa4OIS1KjO6Y_1_Ray7tTFhpIXK9ZnOzPnYBL33hkV4To_NrqUjZbugFPcaZWVi8lcg-7etJUynktSVoK4uFbjdkbK_8fwkLv3uEm-Lp9FHK7W8KJnajbH5Wa43LbT9JdBP-hpc/s1600/VOZES-ICONE2.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQFDm57aa4OIS1KjO6Y_1_Ray7tTFhpIXK9ZnOzPnYBL33hkV4To_NrqUjZbugFPcaZWVi8lcg-7etJUynktSVoK4uFbjdkbK_8fwkLv3uEm-Lp9FHK7W8KJnajbH5Wa43LbT9JdBP-hpc/s1600/VOZES-ICONE2.jpg" /></a>Reportagem de Cláudio Oliveira (TVU RN)<br />
sobre o radiodocumentário Vozes da Vila.<br />
<br />
Vila de Ponta Negra | Natal | RN | BrasilYuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-77696471837695499772011-07-05T13:34:00.003-03:002011-07-06T10:23:56.286-03:00☼ HISTÓRIAS DE VIDA<i></i><br />
<b>Histórias da Vila, histórias de vida </b><i><br />
</i><br />
<br />
<i>Cantigas, lendas, conflitos e transformações sociais marcam a trajetória de um pescador e mestre de cultura popular da comunidade de Ponta Negra</i><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9wVNAmKGMJUx99NohCBL6VYS2SdacqRxrcjCCOnQoAK1vmSLqIhyphenhyphenYXRkWpvDG1ul3GS-chSAro1i4U1EMmVD91QkVZx1PtMEnv7gTmebKeLjW9xhUOM3sdbYr_8notbObIVewqzzgUbWw/s1600/Hist%25C3%25B3ria+de+vida+-+Pedro+de+Lima%252C+pescador+e+mestre+de+cultura+popular.+Foto+Joanisa+Prates.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9wVNAmKGMJUx99NohCBL6VYS2SdacqRxrcjCCOnQoAK1vmSLqIhyphenhyphenYXRkWpvDG1ul3GS-chSAro1i4U1EMmVD91QkVZx1PtMEnv7gTmebKeLjW9xhUOM3sdbYr_8notbObIVewqzzgUbWw/s400/Hist%25C3%25B3ria+de+vida+-+Pedro+de+Lima%252C+pescador+e+mestre+de+cultura+popular.+Foto+Joanisa+Prates.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pedro de Lima, pescador e mestre de cultura popular. [Foto: Joanisa Prates]</td></tr>
</tbody></table>Por <b>Joanisa Prates</b><br />
<b><span style="font-size: x-small;"><span style="font-weight: normal;">joanisaprates@gmail.com </span></span></b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">Antes de ser conhecida internacionalmente como principal ponto turístico da capital do Rio Grande do Norte, a praia de Ponta Negra abrigava um conglomerado agrícola familiar e aldeia de pesca artesanal. O núcleo que originou esse bairro ocupava o extremo sul da praia, local onde hoje é a Vila de Ponta Negra. Quem mora ou vem a Natal, e visita o Morro do Careca, não imagina quanta história o povo desse lugar tem para contar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro Carlos de Lima, 62 anos, cabelos grisalhos e sorriso no rosto, é pescador e mestre de cultura popular. É proprietário de uma casa humilde na Vila de Ponta Negra, num terreno que abriga outras pequenas residências de alvenaria onde moram alguns familiares. Para conversar ele prefere sentar à sombra de uma mangabeira no quintal, pois está reformando a casa.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nascido e criado na Vila, ele aprendeu a brincar e cantar as cantigas do Boi de Reis, Bambelô e Congos de Calçola ainda criança, com seu pai e os mestres da comunidade. “Eu aprendi com Zé de Teresa. Ele cantando e eu só pegando as cantigas dele. Aí ele disse: 'Pedro, vamos fazer o seguinte: antes de eu morrer, eu vou lhe ensinar as cantigas'. Aprendi tudo. Não erro uma”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após cantarolar a primeira cantiga que aprendeu aos 17 anos, Seu Pedro conta que mesmo sem saber ler nem escrever, hoje é mestre de dois grupos de cultura popular da Vila: o Bambelô Maçariquinho da Praia e o Boi de Reis Pintadinho. “Eu cheguei a mestre porque fiquei prestando atenção nas cantigas”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Apesar de poucas facilidades, pois naquela época o acesso ao centro da cidade era complicado, Seu Pedro teve uma infância muito feliz. Naquele tempo a diversão era descer o morro de tábua, correr atrás da galinha dos ovos de ouro enquanto o morro estrondava, e fugir do lobisomem. “O morro (do Careca), naquela época, era liberado. Ele começava a estrondar. Do outro lado tinha uma galinhazinha de ouro. Ela tinha mais ou menos uns dez pintinhos. A gente corria atrás pra pegar, mas num pegava. Ela se escondia. Quando a gente chegava perto, desaparecia e o morro parava”. Além da galinha de ouro outra lenda que não sai da boca do povo é a do lobisomem. Seu Pedro conta que existiam vários e que, inclusive, um deles era bem familiar. “Um tio meu virava lobisomem. Era Zé Nani”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro e sua família viviam da pesca e da agricultura. As mulheres colhiam frutas e os homens pescavam. As crianças brincavam, mas também ajudavam os pais nas casas de farinha, no roçado e no mar. “Graças a Deus, eu era muito feliz na Vila”. Mas nem sempre foi assim. Nos anos 1960 a comunidade passou por grandes transformações socioeconômicas, quando as terras agricultáveis foram expropriadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nessa época, a Vila foi palco de uma luta pelas terras, quando Fernando Pedroza – irmão do então governador do RN, Silvio Pedroza, decidiu cercar as “terras de ninguém” e colocá-las à venda. Seu Pedro de Lima foi protagonista dessa batalha, ao lado da família. “Papai trabalhou 45 anos com Fernando Pedroza e não ganhou nem um cibazol dele, acredita? Morreu e não ganhou nada”. Ele conta que na tentativa de salvar suas terras, as mulheres se juntavam para derrubar as cercas, que no dia seguinte eram reerguidas pelos capangas de Pedroza.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pedro, que era menor de idade, mas muito valente, juntou-se com o pai e mais cem homens armados para enfrentar Fernando Pedroza, que aportaria na Vila escoltado pela polícia. “Assim que ele bateu lá, eu atirei de baladeira. Eu e meu irmão. Aí cercaram a gente. Papai me deu as facas. Daqui a pouco o soldado chegou e disse: 'E essas facas? Entrega as facas'. Eu respondi: 'Vocês querem que eu entregue as facas ou querem que eu fique com as facas? Ele não pode bater em mim porque sou menor'. Fiquei com as facas”, recorda exaltado.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após muitas lutas a comunidade foi obrigada a ceder, perdeu todo o roçado, as mulheres não tinham mais onde colher suas frutas, e as principais atividades econômicas passaram a ser a pesca, o trabalho assalariado e o comércio. “Aonde é que a gente vai plantar agora? Em canto nenhum. Não tem mais localidade pra gente fazer nada. Ou vai trabalhar em construção, ou morre de fome”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Apesar da pesca, que sempre foi uma fonte de renda e alimentação, o povo da Vila não tinha mais o alimento da terra. “Quando a gente chegava da pescaria, ia trabalhar. A gente tinha que procurar outra coisa. O ‘cumê’ que a gente levava pra casa era um punhado de farinha com açúcar”, conta Pedro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Hoje a Vila de Ponta Negra sofre as consequências dessa brusca transformação social, reflexo da ganância e poder do homem que deu margem ao crescimento desordenado do bairro, ao tráfico e consumo de drogas, ao turismo sexual, violência e prostituição. “A vida aqui era boa, agora não é mais, não. Droga tem que só aqui em Ponta Negra. Aí começou a bandidagem safada”.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>Recentemente Seu Pedro mudou-se com a família para o Vale do Pium, no município de Parnamirim, para concluir a reforma da casa na Vila. “Eu saí daqui porque tenho que ajeitar essa casa. Vou remodelar ela todinha, vou vender e comprar noutro canto. Não é porque eu não dê valor à minha terra, não, que eu fui nascido aqui. Tenho que dar valor aqui”, afirma com a certeza de quem um dia lutou bravamente por sua terra querida, que conhece suas raízes, e que independente de qualquer coisa, considera a Vila de Ponta Negra como o seu verdadeiro lar.<i> </i>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-78311657765210151772011-04-08T11:28:00.008-03:002011-04-08T11:41:43.261-03:00☼ VIVÊNCIA DE PESCADORES<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF05_vO8tD9P0T8Y5RphvFELNXUTX_ESfihD8GwtBMhEMiQkbnxa5YTlHJbrRR-GXkIfGRQdo2kj3QV5pAgcfTABY8WKcLbX1q4URYUxWOIyWSptCWcmdEkQ9aqekgKWp55J_a1qXcLMHo/s1600/Pescadores+-+Gilberto+%25282%2529.JPG"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF05_vO8tD9P0T8Y5RphvFELNXUTX_ESfihD8GwtBMhEMiQkbnxa5YTlHJbrRR-GXkIfGRQdo2kj3QV5pAgcfTABY8WKcLbX1q4URYUxWOIyWSptCWcmdEkQ9aqekgKWp55J_a1qXcLMHo/s400/Pescadores+-+Gilberto+%25282%2529.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5593222799764625602" border="0" /></a><span style="font-weight: bold;">“Vozes da Vila” documenta vivência de pescadores</span><br /></div><div style="text-align: justify;"><br />Celeiro de tradições que resistem ao tempo, a Vila de Ponta Negra é guardiã de uma história ainda pouco conhecida pelos natalenses. Para descortinar esse universo que pulsa lembranças de pescadores, mestres da Cultura Popular e rendeiras, entra em cena o radiodocumentário “Vozes da Vila”, projeto da Universitária FM contemplado no I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos / Prêmio Roquette-Pinto (Arpub). O programa sobre o bairro natalense foi o único projeto selecionado no RN.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">O Vozes da Vila tem seis horas de duração, divididas em 12 episódios de 30 minutos cada, e está sendo reapresentado até o próximo dia 19 de abril, sempre às 12h30, na FMU (88,9). Finalizado em setembro do ano passado, o radiodocumentário está disponível para download – apenas para instituições culturais e rádios associadas – no site da Associação das Rádios Públicas do Brasil – Arpub (www.arpub.org.br).<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">A trilha sonora é assinada por Carlos Zens, as histórias são recortadas pela narração do ator Rodrigo Bico e todo o texto rimado recebeu cuidados poéticos de Emmanoel Iohanan. Entre os temas abordados: origem agrícola, disputa de terras, a relação do homem com o mar (pesca e surf), religião, turismo, meio ambiente e as lendas urbanas que até hoje continuam vivas.<br /><br /><br /><div style="text-align: right;"><span style="font-size:78%;"><b><span class="Apple-style-span">* Fonte: <a href="http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/vozes-da-vila-documenta-vivencia-de-pescadores/177879">Tribuna do Norte - 08/abr/2011</a></span></b><br /></span><b><span class="Apple-style-span" style="font-size:x-small;"><span style="font-size:78%;">Foto: Joanisa Prates</span><br /></span></b></div><br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-40622741142411219792011-03-31T18:09:00.007-03:002011-03-31T18:23:00.144-03:00☼ VOZES DA VILA NA FMU<div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" style="font-family: georgia;" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR5XVAqrQRtPZ9uBwRry9vjTGNIb1q8nTBmzRgFw2C_1XvVp04igRaykGR4DNf86RvJ62xtTxSintCeb1qMpCxoAr5p4KsXeyrv912ZRrDCzbtN4GgqQ4jUKUPA8xVObs8E61G1WXNPRLS/s1600/Cortejo+Cultural+2010+%252816%2529.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR5XVAqrQRtPZ9uBwRry9vjTGNIb1q8nTBmzRgFw2C_1XvVp04igRaykGR4DNf86RvJ62xtTxSintCeb1qMpCxoAr5p4KsXeyrv912ZRrDCzbtN4GgqQ4jUKUPA8xVObs8E61G1WXNPRLS/s320/Cortejo+Cultural+2010+%252816%2529.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5590355627900577010" border="0" /></a><span style="font-style: italic;">Universitária FM reapresenta o premiado rádiodocumentário VOZES DA VILA<br /><br /> </span><span style="font-weight: bold;"> </span><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;">A</span></span></span></b></span> Vila de Ponta Negra é um grande celeiro de Cultura e tradições que resiste ao tempo, a tudo e a todos! O bairro é guardião de uma história com mais de 300 anos, ainda pouco conhecida pelos natalenses, que catalisa boa parte do que restou da empoeirada memória da capital potiguar.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Para descortinar esse rico universo que pulsa lembranças de pescadores, mestres e rendeiras, entra em cena o rádiodocumentário VOZES DA VILA – projeto apresentado pela Universitária FM/Funpec ao I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos / Prêmio Roquette-Pinto. Realizado pela Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil), com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o Prêmio selecionou 40 propostas de todo o Brasil, sendo 13 radiodocumentários, e o VOZES DA VILA foi o único projeto contemplado no RN.<br /></div><div style="text-align: justify;"><br />O produto consiste em seis horas de programa, dividido em 12 episódios de 30 minutos cada, que aborda aspectos e temas distintos como Cultura Popular, Pesca e Surf (Homens ao Mar), gastronomia (Sabores da Vila), turismo, educação, meio ambiente, urbanismo, lendas, crenças e religiões.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">A produção do rádiodocumentário foi finalizada no mês de setembro de 2010, quando foi enviado à Arpub – que irá distribuir nacionalmente entre suas rádios associadas, através do download via site (www.arpub.org.br). Ou seja, além do VOZES DA VILA ser veiculado pela Universitária FM, o programa também será transmitido para todo o País.<br /></div> <br /><div style="text-align: justify;">Veiculado pela Universitária FM em dezembro de 2010, gerou grande repercussão, comentários e elogios de frequentadores e admiradores de Ponta Negra que tiveram a oportunidade de desvendar e descobrir a verdadeira história do bairro, contada pelos seus protagonistas: nativos, pescadores, rendeiras, mestres, brincantes, moradores.<br /><br />Atendendo a pedidos dos ouvintes, a emissora irá reprisar os 12 episódios da série a partir da próxima segunda-feira, dia 4 de abril, às 12:30, sempre após o Jornal do Meio Dia. Para ouvir os programas sintonize o dial em 88,9 ou através do site www.fmu.ufrn.br.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Agucem os ouvidos e boa viagem!<br /></div><div style="text-align: justify;">www.vozesdavila.com.br<br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"> <span style="font-weight: bold;"> Informações, entrevistas e contatos: </span><br /> Joanisa Prates – (84) 8838-5881<br /> Ana Ferreira – (84) 8824-9155<br /> Yuno Silva – (84) 8827-2006 <br /> <span style="font-weight: bold;">vozesdavila@gmail.com </span><br /></div><span style="font-weight: bold;"></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-6707317058080732262011-03-30T12:38:00.007-03:002011-03-30T12:55:02.224-03:00☼ ARPUB DISPONIBILIZA PROGRAMAS<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbcEaNMWpacnqUcE6H6l7ogpqcjBCvEYiLaL5nptO8Zu-l0qeV1y7CNQm8_HjmqM-e3jiRIv79Vwkssct2jzxGkiEV_ibow-NW-sPIdl3mB4hNR333MXGf396FuPVMmYnXAlIp-MbweSnD/s1600/premiorp_marcap2010.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 275px; height: 239px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbcEaNMWpacnqUcE6H6l7ogpqcjBCvEYiLaL5nptO8Zu-l0qeV1y7CNQm8_HjmqM-e3jiRIv79Vwkssct2jzxGkiEV_ibow-NW-sPIdl3mB4hNR333MXGf396FuPVMmYnXAlIp-MbweSnD/s320/premiorp_marcap2010.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5589898458498846514" border="0" /></a>A diretoria da ARPUB tem a honra de apresentar os programas que foram contemplados com o Prêmio Roquette-Pinto. Essa ação é uma iniciativa inédita e ímpar para a radiodifusão pública brasileira: diversos programas foram inscritos e, depois da dura tarefa de analisar e escolher os melhores, estão disponíveis em nossa página.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;"> Uma comissão de profissionais renomados selecionou diversos programas, produzidos em diferentes regiões do Brasil, que falam sobre diversidade cultural, resgate da história e da identidade das mulheres negras, adaptações de contos de Machado de Assis, mitos africanos, experiências sonoras sobre a diversidade do cerrado, entre muitos outros temas, divididos entre as seguintes categorias: rádiodocumentário, rádio dramaturgia, programa infanto-juvenil e rádio arte.<br /></div><br /><div style="text-align: justify;"> Os programas produzidos serão veiculados pelas emissoras públicas associadas à ARPUB e ficarão à disposição para veiculação em rádios não-comerciais. O projeto é uma iniciativa da ARPUB e contou com o apoio do Ministério da Cultura e teve patrocínio da Petrobras. Todos os internautas poderão ouvir os programas. Porém, somente instituições sem fins lucrativos poderão baixá-los.<br /><br />***<br /><br /><a href="http://www.arpub.org.br/index.php?option=com_wrapper&Itemid=286">Clique aqui para ouvir os 12 episódios do Vozes da Vila</a><br /><br />Para conhecer os demais programas acesse: <a href="http://www.arpub.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=271&Itemid=259">www.arpub.org.br</a><br /><br />Aproveitamos para informar que, atendendo a pedidos dos ouvintes, a rádio Universitária FM irá reprisar os 12 episódios da série Vozes da Vila a partir da próxima segunda, dia 4, às 12:30, sempre após o Jornal do Meio Dia. Sintonize o dial em 88,9 ou no site <a href="http://www.fmu.ufrn.br">www.fmu.ufrn.br</a>.<br /><br />Agucem os ouvidos e boa viagem!<br /></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-83084287103311355892011-03-20T11:30:00.004-03:002011-03-20T20:56:56.215-03:00☼ HISTÓRIA DA VILA: ÚLTIMA PARTE<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE9mBwiVC_NGLgeFxvlhF6td5rhFCzffZjUUrntO9V0-Dca0h-OWgOcn2U39J_foqDbNWXmArkUEcnrqrH7KlL_RsrgYuR4WuazJ-pHcaFhDIKyANd-LD5bjrn0Pqoj8yR9pil3tngEAw/s1600/pontanegra.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE9mBwiVC_NGLgeFxvlhF6td5rhFCzffZjUUrntO9V0-Dca0h-OWgOcn2U39J_foqDbNWXmArkUEcnrqrH7KlL_RsrgYuR4WuazJ-pHcaFhDIKyANd-LD5bjrn0Pqoj8yR9pil3tngEAw/s320/pontanegra.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ana Ferreira</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><b><span style="color: magenta;">A</span></b></span>pós 45 anos da perda das terras, a Vila de Ponta Negra ainda não conseguiu se recuperar dos danos causados pela expropriação. A impossibilidade de praticar a agricultura de subsistência e o fato da pesca não conseguir se sustentar como atividade principal, fez com que os moradores deixassem de ser pequenos produtores diretos e passassem a categoria de proletariado e em seguida, com o advento do turismo, comerciantes e ambulantes.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Foi preciso contar (resumidamente) a trajetória dessa comunidade para se poder compreender como a Vila de Ponta Negra se insere no conceito <i>“underclass”</i>, discutido por Loïc Wacquant no livro <i>“As prisões da miséria”</i> e como o Estado Neoliberal, (nesse caso representado pela Polícia) se comporta com essa comunidade.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Sou moradora de Ponta Negra há mais de cinco e pude observar grandes mudanças ocorridas no bairro, e principalmente na Vila de Ponta Negra. Pude perceber, também, como a imagem do bairro mudou para os natalenses depois que as conseqüências do boom turístico mal planejado e da falta de controle econômico e social saíram nas páginas dos jornais locais. Hoje Ponta Negra é tida como local de prostituição, venda e uso de drogas e de acentuada violência urbana.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div>A primeira década do século XXI foi um período de grandes transformações em Ponta Negra. A atividade turística deu um salto (maior que as pernas) gigantesco e no final de 2009 teve uma queda brusca ocasionada por diversos fatores relacionados a falta de planejamento dessa atividade dentro de Natal. O fato é que a Vila sofreu na pele tais conseqüências muito mais que os moradores de outras áreas do bairro. O motivo: a maioria dos moradores da Vila são trabalhadores informais, assalariados e com baixo de escolaridade; são esses moradores que dependem diretamente da atividade turística como fonte de sustento. Com o declínio do turismo, somado aos problemas sociais e abandono do poder Público, a comunidade entra em uma nova crise. <br />
<div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Na ausência de qualquer rede de proteção social, é certo que a juventude dos bairros populares esmagados pelo peso do desemprego e do subemprego crônicos continuará a buscar no “capitalismo de pilhagem” da rua (como diria Max Weber) os meios de sobreviver e realizar os valores do código de honra masculino, já que não consegue escapar da miséria no cotidiano. (Wacquant, pág. 5, 1999)</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Durante a produção do Rádio Documentário Vozes da Vila, do qual fui produtora e roteirista, pude perceber que as famílias que foram produtoras e auto-suficientes antes da expropriação das terras agricultáveis e que viviam livres dentro de um espaço onde havia trabalho para todos estão sufocadas e esmagadas dentro de becos e barracos, se submetendo a trabalhos assalariados ou tendo que descer e subir, todos os dias, as ladeiras da Vila a custo enorme de força física de tração quase animal, empurrando seus carrinhos* pela praia mais visitada de Natal-RN. Os jovens dessas famílias estão sendo engolidos pelo tráfico e consumo de drogas e a mídia local insiste em noticiar os fatos isolados de violência juvenil.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No dia 26 de junho de 2010, aconteceu um acidente na Rua Morro do Careca. O jornal <i>Tribuna do Norte</i> noticiou o acontecido:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i><b>Atentado mata uma criança e deixa cinco feridos em Ponta Negra.</b></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Cinco pessoas ficaram feridas e um bebê de seis meses morreu após atentado na rua Morro do Careca, na Vila de Ponta Negra. Segundo informações do coronel Alarico Azevedo, por volta das 22h30, um veículo branco parou próximo a casa, que fica em uma esquina, e os ocupantes atiraram contra quem estava na rua. (<a href="http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/atentado-mata-uma-crianca-e-deixa-cinco-feridos-em-ponta-negra/152670">http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/atentado-mata-uma-crianca-e-deixa-cinco-feridos-em-ponta-negra/152670</a>)</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No dia 29 do mesmo mês, a polícia se pronuncia dizendo o seguinte ao mesmo jornal:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>O delegado titular da 15ª Delegacia de Polícia em Ponta Negra, Luiz Lucena, já identificou alguns dos responsáveis pelos vários tiros disparados na noite de sábado, na rua Morro do Careca, na Vila de Ponta Negra, zona Sul de Natal, e que resultaram na morte do bebê Rafael Alexandre e deixaram mais cinco pessoas feridas. A “tentativa de chacina” teria sido motivada, segundo Lucena, por uma rixa antiga e por uma disputa pelo comando do crime na área.</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>“Temos a informação de que esse grupo teria ido até à festa matar um rapaz que estava lá e que tem uma rixa antiga com eles. Como não o encontraram, saíram atirando a esmo em quem estava na rua”, contou Lucena. Essa rixa seria motivada também pelo controle do crime no bairro. “Não está necessariamente ligada ao tráfico de drogas. São pessoas que querem se destacar no mundo do crime e cometem homicídios por vingança para acabar com os desafetos. Aqui em Ponta Negra está cheio de pessoas desse tipo. Agora, eles são bandidos chinfrins, que tiram a vida de alguém totalmente inocente e revoltam a Polícia e toda a sociedade”, afirmou.(<a href="http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/delegado-identifica-atiradores/152782">http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/delegado-identifica-atiradores/152782</a>)</i></div><br />
<div style="text-align: justify;">Quando um delegado de Polícia afirma que a Vila esta cheia de gente desse tipo em um dos jornais mais lidos da cidade, a população termina acreditando que todos que moram nesse bairro são assim. Muitas vezes presenciei a Polícia Militar abordando pessoas nas ruas. A maioria das pessoas paradas são rapazes, negros com determinado modo de se vestir. Durante a semana do crime, o Jornal Tribuna do Norte fez, durante uma semana, a cobertura diária sobre o caso. Esse seria um momento muito oportuno para iniciar uma discussão sobre os problemas socioeconômicos do bairro mas (como era de se esperar isso não foi feito).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Todos os dias acontecem um ato de violência cometido por homens ou mulheres dentro da Vila de Ponta Negra. O número de meninas grávidas aumenta junto com o número de adolescentes e jovens usando drogas. O número de pessoas que acham corretas as intervenções violenta da polícia também aumenta.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Essa violência policial inscreve-se em uma tradição nacional multissecular de controle dos miseráveis pela força, tradição oriunda da escravidão e dos conflitos agrários, que se viu fortalecida por duas década de ditadura militar, quando a luta contra a “subversão interna” se disfarçou em repressão aos delinqüentes. (WACQUANT, pág. 5, 1999)</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Assim como os moradores negros de bairros pobres de Nova Yorque sofreram, na década de 1990, a truculenta operação Tolerância Zero, os descendentes de ex-agricultores e pescadores estão sofrendo na Vila. E (quase) nada é feito para que haja uma mudança social. Os moradores não acreditam na Polícia como defensora de uma ordem geral. Ela é vista como a força do Estado que defende o interesse de quem esta inserido dentro da sociedade do consumo.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>“Infelizmente a Vila de Ponta Negra não tem segurança para os seus moradores. Uma vez ou outra é que passa uma viatura da polícia, mas nós precisamos de um policiamento contínuo. Para se ter uma ideia, há anos lutamos para que seja colocado um posto policial aqui, mas até agora nada foi feito. Agora na parte rica de Ponta Negra tem posto policial e ronda constante”, reclamou o presidente do Conselho Comunitário de Ponta Negra, Emanoel Damasceno. (<a href="http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/medo-toma-conta-dos-moradores/152880">http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/medo-toma-conta-dos-moradores/152880</a>)</i></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os moradores mais antigos reagem como podem. A Vila é uma das únicas comunidades de Natal em que os mestres de Cultura Popular estão inseridos e atuando dentro dos (poucos) movimentos sociais organizados. Os movimentos sociais existentes na Vila ainda atuam de maneira isolada, mas já é possível ver alguns resultados, o problema é que a iniciativa não parte dos nativos, ela vem de pessoas que moraram no bairro há muito tempo e que tem certa influencia social (artistas, professores, jornalistas, etc.).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Neste momento, Ponta Negra está numa grande encruzilhada: ou busca um equilíbrio entre interesses sociais e econômicos, ou perde de vez o que resta de magia, de tradições e de cultura. Há um novo ciclo de investimento em infra-estrutura urbana se aproximando com a realização da Copa de 2014, e Natal precisa se adequar para receber algumas partidas do campeonato mundial de futebol. Como a cidade tem vocação turística e a praia de Ponta Negra é o principal destino de todos os visitantes que desembarcam na capital do Rio Grande do Norte, resta saber o que o futuro aguarda para esse pedaço de paraíso.</div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-91293712519403949852011-02-18T08:59:00.013-03:002011-05-23T07:22:24.658-03:00☼ DE AGRICULTOR A ASSALARIADO<div class="MsoFootnoteText"><div style="margin: 0px; text-align: center;"><br />
<div style="text-align: left;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuT9-iEjHi4y4eLvctbT0NR15nMjLWk4JCbBmhOAwQEgR3e_FKkEEPJY1uDDOopR8rWyRqIPzOXV6nD7S5jrtjZ_NrJu7eNa567-Zcc1RSF5loFgwPYLLVv1-E1lM8S5UVRdhOrJ2e3p4/s1600/Cortejo+Cultural+%2528166%2529.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuT9-iEjHi4y4eLvctbT0NR15nMjLWk4JCbBmhOAwQEgR3e_FKkEEPJY1uDDOopR8rWyRqIPzOXV6nD7S5jrtjZ_NrJu7eNa567-Zcc1RSF5loFgwPYLLVv1-E1lM8S5UVRdhOrJ2e3p4/s320/Cortejo+Cultural+%2528166%2529.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Joanisa Prates</td></tr>
</tbody></table></div></div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b>Quem não tem roçado passa a ser assalariado.</b></div><br />
<span style="color: magenta; font-size: x-large;"><b>A</b></span>pós a expropriação, os moradores passaram da Vila passaram por maus momentos, mas conseguiram prosseguir. O fato é que: “eles viviam com um arranjo socioeconômico adaptado ao seu ambiente e foram violentamente desligados de parte deste para terem que enfrentar as desumanidades do modo de produção capitalista e terem de vender sua força de trabalho” (GARDA, pág. 75, 1983).</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;">Devido ao seu posicionamento geográfico (proximidade ao centro da cidade) os moradores não precisaram migrar. Os homens encontram trabalho assalariado em fábricas e na construção civil e as mulheres continuaram a fazer renda e aproveitaram o aumento do fluxo de pessoas visitando a praia e começaram a trabalhar como comerciantes nas barracas a beira mar, servindo comidas típicas e bebidas.</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;">Nesse mesmo período 1980 existiam aproximadamente 70 barracas e, segundo Garda, 65 eram de moradores da Vila. Esse desenvolvimento no mercado informal foi possível por diversos motivos. No final da década de 1970 foram construídos (ao norte da Vila) dois conjuntos habitacionais: o Conjunto Ponta Negra e o Conjunto Alagamar com aproximadamente 2.100 casas e 11.000 de habitantes[1] . Esse advento fez o número de habitantes aumentarem consideravelmente e, se avaliarmos o número de migrantes que foram chegando ao local, esse aumento é ainda maior. Tal contexto fez com os contrastes sociais começassem a surgir e a Vila passou a ser rodeada por bairros das camadas médias e altas do único lado para onde ela poderia crescer.</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;">Mesmo com toda essa mudança, o clima de cidade praiana ainda existia no bairro e a elite intelectual de Natal adorava frenquentar a vida noturna da Vila de pescadores. Entretanto (sempre há o entretanto!) o bairro foi crescendo de maneira desordenada, sem a presença do poder público para organizar as questões espaciais, territoriais e sociais.</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;">No final doa anos 1980, a orla marítima passa por processo de urbanização que tinha como objetivo deixar o espaço da orla e do bairro em evidência, atraindo assim investimentos (nacionais e internacionais) e exploração das atividades turísticas. Em 1993 a Vila e seu entorno são considerados bairro de Natal, o turismo começa a ser foco dos investimentos da cidade e Ponta Negra passa a ser a menina dos olhos do turismo nacional e internacional.</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;">Em 2000 é executado o projeto de reurbanização da orla de Ponta Negra, com recursos obtidos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por meio do Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR –RN) que resultou na construção do calçadão com três quilômetros de extensão na iluminação da área e revestimentos das calçadas que contornam a descida da praia (antes era duna de areia) e na substituição das barracas por quiosques de fibra de vidro.</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;"><br />
</div><div style="margin: 0px; text-align: justify;">Mais uma vez a história se repete. Mais uma vez os moradores da Vila sentem na pele o que é ser a minoria que precisa ser sacrificada pelo bem da “maioria”.</div><div style="margin: 0px;"><br />
</div><div style="margin: 0px;">CONTINUA...</div><div style="margin: 0px;"><br />
</div></div><div class="MsoFootnoteText"></div><br />
<div><hr align="left" size="1" width="33%" /><div id="ftn1"><div class="MsoFootnoteText"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Calibri,sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; line-height: normal;"><i><b>[1]</b> Levantamento de campo feito por GARDA, 1983.</i></span></span></span></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-25229930578313419472010-12-15T15:39:00.013-03:002011-05-23T07:22:11.652-03:00☼ A 2ª GUERRA E PONTA NEGRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJGB9bEfvezQv8wZ_K7cG1ayAqkUzOIRZFygsy7T-xsIUuCr_FTvTH-jyrMsEFZVeCsn3mkRkN7ttxgThdkH97IjzHoDTGb-4NEkthiU-RtkrzTzmtQiguuY3ulm2FYHxoyrAMReszIHM/s1600/Ponta+Negra+%2528foto+Alex+Fernandes%2529.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJGB9bEfvezQv8wZ_K7cG1ayAqkUzOIRZFygsy7T-xsIUuCr_FTvTH-jyrMsEFZVeCsn3mkRkN7ttxgThdkH97IjzHoDTGb-4NEkthiU-RtkrzTzmtQiguuY3ulm2FYHxoyrAMReszIHM/s320/Ponta+Negra+%2528foto+Alex+Fernandes%2529.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta; font-size: x-large;"><b>C</b></span>om o advento da Segunda Guerra Mundial, em 1941, Natal passa a ser base aliada estratégica por ser a cidade da América mais próxima da África e da Europa. A cidade se transformou e a ocupação dos soldados norte-americanos trouxe consequências sociais, econômicas e culturais. Só para se ter uma ideia da situação, imagine Natal nos anos 1940, com cerca de 60 mil habitantes, recebendo mais de 20 mil soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O estilo de vida dos natalenses foi influenciado diretamente pelos costumes norte-americanos. Dizem, inclusive, que foi por aqui que a máquina de chopp, o chiclete e o fliperama desembarcaram no Brasil. E em Ponta Negra não foi diferente: a chegada dos yankees provocou grandes mudanças na história do povoado e algumas manias, como jogar baralho apostando dinheiro, foram combatidas pela polícia e pela Igreja Católica - representada pelo pároco da comunidade Padre Eugênio Sales, hoje arcebispo emérito do Rio de Janeiro. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O acesso a comunidade por estradas, que antes da Guerra não existiam, também sofreu modificações. A estrada de Ponta Negra foi aberta, e como era de se esperar, a área ganhou valor de mercadoria, e várias famílias de Natal se apropriaram de grandes lotes de terra na beira da praia para construir suas casas de veraneio. A princípio, os moradores do povoado viam essa movimentação com bons olhos porque eles começaram a ter mais opções de trabalho (trabalhos domésticos, construção civil, artesanatos, etc.), no entanto, e essa apropriação serviu de alerta para os moradores quando Fernando Perdroza, buscando uma desculpa para começar uma negociação com os moradores da Vila, começou a mostrar essa apropriação como uma ameaça às terras agricultáveis.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lois Garda escutou depoimentos reveladores durante sua pesquisa:</div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>“Bom, primeiro eu estava interessada nas barracas e nas mulheres. Mas quando eu cheguei aqui, eu vi que realmente a história da Vila é a história da maioria do povo que morava no interior do Brasil que foi expulso para cidade. A diferença é que aqui eles não foram expulsos, a cidade mudou para cá. Então eles conseguiram manter a família e manter os laços de amizade de família e etc., que uma pessoa retirante do interior, normalmente não tem esses vínculos tão grandes de famílias assistentes. Eu acho que isso ajudou ao povo que originalmente morava na Vila a sair melhor do que a maioria das pessoas que tiveram esse percurso. E durante esse tempo eu fui vendo e soube que teve uma briga pelas terras em Ponta Negra e vi que essa era a história.” (O trecho é um depoimento de Lois durante entrevista concedida à equipe do Rádio Documentário Vozes da Vila, em setembro/2010.)</i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>O roçado que brotou foguete</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A antropóloga Lois Martin Garda chegou para morar na Vila em 1978 com sua família e foi uma das primeiras estrangeiras a fixar em Ponta Negra. Em seu estudo, no Capítulo 3<i> A perda das terras de Ponta Negra e suas representações</i>, ela mostra em sua tese, quatro versões distintas para a disputa que marcou profundamente o rumo do povoado de Ponta Negra: uma foi do beneficiário da expropriação, Fernando Pedroza e as outras três foram de moradores da Vila que participaram ativamente da disputa. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Segundo o depoimento de um dos moradores, o avô de Fernando Pedroza tinha uma relação de compadrio com muitos moradores de Ponta Negra e comprava terras nesse local só para ajudar os compadres, contudo, no ato da “compra” ele fazia um “recibozinho” mas nunca tentou afirmar seu direito sobre as terras. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por volta de 1949, seu neto Fernando, chegou a Vila com esses recibos e uma garrafa de cachaça Olho d’Água, entrou na bodega e juntou os homens mais velhos para uma conversa. Conversou muito sobre a bondade de seu avô e falou sobre o perigo dos “tubarões da boca grande” (assim ele se referia aos veranistas) que estavam loteando a beira da praia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Após muita conversa e cachaça convenceu-os de que precisavam da proteção de uma família poderosa e que deveriam assinar um documento provando não só a validez de seus recibos, como também seu direito sobre as terras que o povo de Ponta Negra trabalhava. Quando os mais jovens souberam do acontecido os ares na comunidade ficaram tenso e em 1955 - final do mandato de governador do Estado de Sílvio Pedroza (irmão de Fernando) – começaram a contestar seu direito a terra. Em 1957, Fernando fez a medição das terras e deu ordem aos capangas para expulsar qualquer pessoa que entrasse no mato de Ponta Negra. Crianças, mulheres e os homens que trabalhavam na roça ou faziam carvão foram agredidos. Foi nesse ano, também, que ele doou a área da Vila (cerca de 65 há) à Arquidiocese de Natal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Inconformados com a não legitimidade da posse de Fernando, os moradores se organizavam e tiravam as cercas. Garda conta um episódio muito interessante: um grupo de moradores saiu armado com facas e foice, para combater pelos roçados, passou pelo carro do Padre Eugênio Salles que tentou dissuadi-los e não conseguindo deu meia volta e foi chamar a polícia. Nessa época, a preocupação da comunidade se resumia em ter acesso ao mar e a garantia de espaço para o roçado. Diante da pressão e da “conversa bonita”, alguns moradores ficaram acuados e fizeram um acordo com Pedroza para não perder tudo. Outros continuaram a lutar por seu direito de trabalhar nas terras de Ponta Negra. O jornal Tribuna do norte noticiou a disputa no dia 30 de abril de 1957:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>“Pescadores de Ponta Negra visitaram a redação da Tribuna do Norte para reclamar a passagem das escrituras que tinham no 1º Cartório ao nome de Fernando Pedroza... Reclamavam que não podiam sobreviver no inverno sem a roça...” (Tribuna do Norte: 30/04/1957, pag. 4, APUD GARDA.) </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O movimento continuou recebendo repressão por parte da Igreja, da Polícia e do Mercado imobiliário e alguns anos depois, com o Golpe Militar de 1964, a Aeronáutica deu o “xeque-mate” da disputa. Fernando Pedroza recebeu uma convocação urgente do Ministro da Aeronáutica e foi informado que Ponta Negra tinha sido escolhida, por oferecer melhores condições, para receber a construção de um Centro de Lançamento de Foguetes financiado pela NASA e que deveria ceder parte de “suas” terras. Sem levar em consideração o histórico das terras a Aeronáutica, em 1965, construiu nessas terras a primeira base de lançamentos de foguetes do Brasil, conhecida como Barreira do Inferno. Os moradores não puderam mais resistir às forças armadas federais e abandonaram definitivamente os roçados. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Segundo Lois Garda, Pedroza nunca conseguiu consolidar a posse dessas terras, mas o fato é que, depois desse episódio, os moradores da Vila nunca mais conseguiram restabelecer o equilíbrio econômico e social. Maria Helena Correia dos Prazeres, nativa com 67 anos de idade conta que seu pai adoeceu após ter perdido o roçado. As mulheres não podiam mais pegar frutas no “mato” e a maioria delas foi cuidar de barracas (vendiam comida e bebida) na beira da praia, aproveitando o aumento no fluxo de freqüentadores e os homens foram vender sua mão-de-obra no centro da cidade ou na construção civil. Vale salientar que a maioria dessas pessoas só tinha concluído os primeiros anos de escola. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lois Garda conclui o Capítulo 3 de sua tese dizendo que é muito difícil precisar com base nos dados colhidos, o que realmente aconteceu durante os longos anos de disputa, mas que não podemos ignorar a violência dessa expropriação ou das mudanças socioeconômicas que ela desencadeou. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Assim a Vila de Ponta Negra passou de reduto agrícola à periferia urbana e atualmente enfrenta graves problemas econômicos e sociais, além do preconceito social visível nas páginas dos jornais da cidade, que ignora os mais de 300 anos de histórias e tradições do núcleo que povoou um dos bairros mais importantes para a atividade turística em Natal-RN.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Continua....</span></b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-62983387996179628292010-11-24T12:26:00.010-03:002011-05-23T07:21:55.724-03:00☼ UMA BREVE HISTÓRIA DA VILA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdAZjQ-rV8Lwoy6VY7jFJ01SreWn7aDU4YvnOD-5m5683opu98fDuWnkZ9VjESpfCxH-nrXadTbTsNuns6aN-d3913mDJTX5HNOAjGK63kUtgpoHsgcCpRpAmj_LCTSXRVXQ0MtuvwqkU/s1600/Cortejo+Cultural+%2528100%2529.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdAZjQ-rV8Lwoy6VY7jFJ01SreWn7aDU4YvnOD-5m5683opu98fDuWnkZ9VjESpfCxH-nrXadTbTsNuns6aN-d3913mDJTX5HNOAjGK63kUtgpoHsgcCpRpAmj_LCTSXRVXQ0MtuvwqkU/s320/Cortejo+Cultural+%2528100%2529.JPG" width="280" /></a></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><b>Você conhece a história de </b><b>Ponta Negra?</b></div></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: magenta; font-size: x-large;">P</span></b>or ser moradores, sabíamos uns pedaços de história escutadas na escola e outras ouvidas por alguns moradores. Depois de três meses respirando a vida do bairro e escutando as várias vozes que nele vivem pudemos fazer um apanhado de informações interessantíssimas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E como conhecimento nunca é demais e também não ocupa espaço, decidimos compartilhar essa rica história baseada nas memórias dos nativos e moradores que tanto amam esse bairro.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma das primeiras referências históricas a Ponta Negra é a descrição do desembarque, em 8 de dezembro de 1633, de tropas holandesas. Alguns registros de 1877 falam de uma casa de oração no povoado e de uma escola católica pública exclusiva para meninos. O primeiro nome da localidade foi Cabo de São Roque, depois passou a se chamar Ponta Preta, isso graças à quantidade de pedras pretas vistas de cima da estrada mas depois, Ponta Negra caiu no gosto popular. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os registros escritos sobre a história de Ponta Negra são escassos e, para fazer escrever esse capítulo, tomamos como ponto de partida os anos 1940, pois o texto que utilizamos como referencial histórico para analisar a comunidade, retoma seu cotidiano e seus laços familiares a partir dessa década. O texto em questão é: A Família e Mudança Social, tese de Mestrado da antropóloga norte-americana Martin Lois Garda, defendida em 1983, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>O Início</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bem antes de ser ponto turístico da Cidade do Sol, Ponta Negra era um povoado de agricultores e pescadores, vivendo independente do centro da cidade e cercado de dunas cobertas pela vegetação nativa de tabuleiro costeiro e um extenso mar azul de águas mornas e calmas. Um verdadeiro paraíso!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A população era praticamente auto-suficiente no que diz respeito à alimentação, pois tudo era produzido dentro do território da comunidade. As tarefas diárias (o trabalho) eram assim divididas: os homens praticavam a pesca artesanal, a agricultura de subsistência plantando milho, feijão, mandioca entre outros e produziam carvão. As mulheres produziam renda de bilro e colhiam frutas da estação no Tabuleiro Costeiro para vender no centro da cidade e também cuidavam dos afazeres domésticos e dos filhos. Três casas de farinha concentravam a produção, reunindo famílias em cantigas, danças e cooperativismo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O desenvolvimento urbano desse povoado teve início na década de 1940, mas sua primeira grande transformação social e econômica aconteceu após quase 20 anos de disputa pelas terras agricultáveis entre os nativos e Fernando Pedroza - corretor imobiliário com grande influência política no Estado e cuja família já criava algumas cabeças de gado nas terras de Ponta Negra.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para que possamos compreender o porquê dessa disputa é necessário abrir um parêntese e contextualizar um período histórico da cidade do Natal que teve relação direta com essa luta.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><b>Aguarde o próximo post...</b></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-63352340572959386852010-10-18T17:27:00.004-03:002010-10-22T11:42:28.667-03:00☼ PONTA NEGRA: A VILA COMO ELA É<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3YqzQCgJBcfaVQhM3m8kbouEM7IOlTT5PI5Gabj2cg_GkHJjlO5WWPY9CCq4i78UfatJRsksQSFhAxggI52Ykd5MOnPURyqM4pDK-aMkGGfi2oLH_HaK3hV1TOAKnF9C0DNWX6g1_Adf1/s1600/news_62305_big_201010171128239773.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3YqzQCgJBcfaVQhM3m8kbouEM7IOlTT5PI5Gabj2cg_GkHJjlO5WWPY9CCq4i78UfatJRsksQSFhAxggI52Ykd5MOnPURyqM4pDK-aMkGGfi2oLH_HaK3hV1TOAKnF9C0DNWX6g1_Adf1/s200/news_62305_big_201010171128239773.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>A história e o universo sociocultural da Vila de Ponta Negra serão mostrados para todo o Brasil no radiocumentário “Vozes da Vila”.</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Dona Helena é uma das rendeiras da comunidade.</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">O</span></span></span></b> Brasil vai conhecer a Vila de Ponta Negra. A Vila como ela é, mostrada pela própria comunidade. O radiodocumentário “Vozes da Vila”, único projeto do Rio Grande do Norte selecionado no I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos - Prêmio Roquete-Pinto, desvenda, em doze episódios, o universo sociocultural do lugar e resgata os pormenores de sua história, desde quando a comunidade era isolada de Natal e auto-suficiente até os dias de hoje.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em fase de finalização, com previsão de ser concluído até o final de outubro e enviado à Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) para veiculação em suas rádios associadas provavelmente ainda neste ano, o documentário é um retrato, ou melhor, um registro sonoro fiel da Vila. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O jornalista Yuno Silva e as estudantes de Radialismo da UFRN Joanisa Prates e Ana Ferreira estão à frente da equipe que trabalha no documentário. Eles entrevistaram mais de 50 moradores da Vila de Ponta Negra. Gente como dona Guiomar, de 90 anos, uma das primeiras professoras da comunidade, e Gilberto, pescador de 51 anos que todos lá conhecem como “Seu Boneca”. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxM653WEzQT48jutOLXh-F9hCAIVEQUOj7Dhg32S0VB-G8-FQrJWvbZhf0vo4Laoxt9GEBEKHiomhRcdHJ6HMUpIfJWMHtZZWbz9f1o3Kp9OTXvnlWMOkRCFJXNgaWLmJ_zJ76shi48Shz/s1600/files_52488_201010171121445e6a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxM653WEzQT48jutOLXh-F9hCAIVEQUOj7Dhg32S0VB-G8-FQrJWvbZhf0vo4Laoxt9GEBEKHiomhRcdHJ6HMUpIfJWMHtZZWbz9f1o3Kp9OTXvnlWMOkRCFJXNgaWLmJ_zJ76shi48Shz/s400/files_52488_201010171121445e6a.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Dona Guiomar, uma das primeiras professoras da Vila, ao lado do neto Michel</span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Além da pesca e educação, o documentário fala, entre outros assuntos, de gastronomia, religião, lendas, festejos, turismo, urbanismo, meio ambiente e, claro, de cultura popular, tema ao qual são dedicados dois episódios, o que se justifica pelo fato de a Vila de Ponta Negra ser um celeiro de cultura e tradições, representadas por grupos de danças tradicionais, pelo trabalho manual (renda de bilro, principalmente) e pesca artesanal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mas todas essas tradições, segundo os artistas populares, rendeiras e pescadores, estão ameaçadas. “Seu Boneca” deu um depoimento dizendo que daqui a 15 anos a pescaria na Vila vai se acabar. O pescador fala que as gerações mais novas não se interessam pela pesca. O mesmo ocorre com a renda e com as danças.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Atualmente, Ponta Negra concentra os principais investimentos imobiliários e turísticos de Natal e, dentro desse contexto, a cultura e a essência da Vila estão caindo no esquecimento dos natalense e dos próprios moradores do bairro. A maioria dos turistas não entra em contato com esse rico manancial de tradições, manifestações da cultura popular e atividades artesanais, e as novas gerações estão perdendo o interesse em perpetuar essas tradições devido à constante desvalorização de sua identidade cultural”, diz Yuno Silva.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">De acordo com os relatos, a Vila de Ponta Negra era um conglomerado agrícola e familiar isolado de Natal e auto-suficiente até o início da década de 60, quando o governo vigente se apossou das terras e destruiu as plantações. A Vila assistiu de camarote sua primeira grande transformação com a mudança no meio de subsistência. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx7FE3-kbsGXNs8M73jKX4eYHC-I812-M9NVoSK7xq1BPphQGgmZLwgzEzQvDhi_fnP06HFa_-Tj1xNjKLJNrkvbiQl_PhhiuAtd1XQM4N4jhi3UsrRJjGJ_A3sySU9Qse2Br7ZXoxIbgT/s1600/files_52484_2010101711101888a1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjx7FE3-kbsGXNs8M73jKX4eYHC-I812-M9NVoSK7xq1BPphQGgmZLwgzEzQvDhi_fnP06HFa_-Tj1xNjKLJNrkvbiQl_PhhiuAtd1XQM4N4jhi3UsrRJjGJ_A3sySU9Qse2Br7ZXoxIbgT/s400/files_52484_2010101711101888a1.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Equipe do radiodocumentário entrevista Antônio Leal, antigo morador da Vila </span></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">“Existem relatos atestando que moradores chegaram a adoecer, e mesmo a morrer, pelo desgosto de ver sua terra ameaçada e destruída”, diz Yuno, que identificou nas entrevistas feitas para o radiocumentário um povo cheio de nostalgia e preocupado com os tempos de hoje, em que a Vila, desassistida pelo poder público, sucumbe aos poucos à violência associada ao consumo e venda de crack - problema contra o qual os movimentos sociais vêm lutando sozinhos. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Seleção e veiculação</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">O projeto “Vozes da Vila” foi inscrito pela Universitária FM/Funpec no I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos - Prêmio Roquette-Pinto. Realizado pela Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil), com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o Prêmio selecionou 40 propostas de todo o Brasil, sendo 13 radiodocumentários, dez radiodramaturgias, dez programas infanto-juvenis e sete programas do gênero radioarte. Do Rio Grande do Norte, o “Vozes da Vila” foi o único contemplado. Os 12 episódios do radiodocumentário potiguar, de 30 minutos cada, serão veiculados para todo o Brasil por meio das rádios associadas à Arpub. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>EPISÓDIOS</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Era uma voz na Vila...</b> – introdução e apresentação, histórico, dados e estatísticas, contextualização e atualidades;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Homens ao mar</b> – pescadores, surfistas, início da relação comunidade x mar, atividade comercial e fatos históricos;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Sabores da Vila</b> – os quitutes que resistiram ao tempo, os primórdios da comunidade em torno das casas de farinha, especialidades culinárias, o contexto atual com a altíssima gastronomia mundial;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Cultura popular (parte 1)</b> – origem, presente e futuro das manifestações culturais, a resistência dos grupos e a nova geração;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Cultura Popular (parte 2)</b> – detalhes sobre cada um dos grupos: Bambelô, Congos de Calçola, Boi de Reis, Coco de Roda, Pastoril e Lapinha;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Lendas e histórias</b> – o lobisomem, as lendas da comunidade contadas pelos mestres da cultura popular, histórias de pescador e personagens da Vila;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Arquitetura e meio ambiente</b> – o potencial turístico, a beleza natural exuberante, a especulação imobiliária, degradação ambiental, poluição do mar, falta de saneamento, crescimento urbano desordenado e abismo social;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Artes da Vila</b> – as rendeiras, atividades artísticas e culturais desenvolvidas no bairro: circo, teatro, dança, música, ponto de cultura, cineclube;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Vila de todos os credos</b> – a hospedagem do Papa João Paulo II, igrejas católicas, evangélicas, terreiros de candomblé, centros espíritas e reuniões budistas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Turismo e paisagem natural</b> – a ocupação irregular do solo, a verticalização radical do bairro, os zoneamentos de áreas de interesses específicos, a complexidade urbana, a falta de espaços públicos de lazer e o ecossistema social;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Movimentos sociais</b> – projetos de amparo social, presença de instituições públicas e/ou privadas no bairro, atuação de ONGs, movimentos populares, voluntários, necessidades, novas iniciativas e projetos de segurança pública;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Educação</b> – televisão pública na praça, fofoca comunitária, as primeiras escolas, os primeiros professores, o Patronato (internato católico), interação da Vila com Natal antes das construções de estradas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>FICHA TÉCNICA</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Direção, pesquisa e produção - Joanisa Prates</div><div style="text-align: justify;">Pesquisa roteiro e produção - Ana Ferreira e Yuno Silva</div><div style="text-align: justify;">Trilha sonora - Carlos Zens</div><div style="text-align: justify;">Locução - Rodrigo Bico</div><div style="text-align: justify;">Cordelista/poeta - Emmanoel Iohanan</div><div style="text-align: justify;">Editor de áudio/sonoplastia - Eduardo Pandolphi</div><div style="text-align: justify;">Técnico captação de áudio/sonoplastia - Rafael Telles</div><br />
<div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">* Fonte: <a href="http://www.nominuto.com/vida/cultura/ponta-negra-a-vila-como-ela-e/62305/">Nominuto.com - 17/out/2010</a></span></b><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">, por Itaércio Porpino</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Fotos: Yuno Silva e Joanisa Prates </span></b></div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-54420984728257921752010-10-08T18:51:00.001-03:002010-10-08T18:52:57.755-03:00☼ AS VOZES EM PROJEÇÃO NACIONAL<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV2oDN2oRJAC25UJjSbrTFWqUaOMagTR4yJLHHiUKfnKoBntODW-f6-CKymdntkrTjbzPTk3maYJtgEuXScCbMIulO0bGlMkwyYaHE8f1fOXHJX-bdxQhV2Rb7-Zx4Sfo-0ZDnK4jS0hn2/s1600/Dona-Guiomar4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiV2oDN2oRJAC25UJjSbrTFWqUaOMagTR4yJLHHiUKfnKoBntODW-f6-CKymdntkrTjbzPTk3maYJtgEuXScCbMIulO0bGlMkwyYaHE8f1fOXHJX-bdxQhV2Rb7-Zx4Sfo-0ZDnK4jS0hn2/s1600/Dona-Guiomar4.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">O</span></b></span>s 300 anos de cores e sons da Vila de Ponta Negra poderão ser ouvidos em radiodocumentário. O projeto Vozes da Vila está em fase de edição e montagem. Ainda em outubro será enviado à Associação das Rádios Públicas do Brasil (Arpub) para distribuição nacional entre rádios associadas. Em Natal poderá ser escutado nas rádios Universitária e Senado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O projeto foi aprovado no edital Prêmio Roquette-Pinto, da Arpub - com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, que selecionou 40 projetos de todo o Brasil, destes, apenas 13 são radiodocumentários. E o único projeto potiguar aprovado foi o radiodocumentário Vozes da Vila, roteirizado por Yuno Silva e Ana Ferreira e dirigido e produzido por Joanisa Prates.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Serão seis horas de programa, divididos em 12 episódios de 30 minutos cada. Funcionará como uma espécie de registro sonoro e histórico de tudo o que a Vila de Ponta Negra tem para contar: as rendeiras de bilro, a luta pela terra, a invasão militar, os grupos de cultura popular, movimentos sociais, turismo, educação, sabores da vila, surf e pescadores, religião, festejos, lendas e histórias de Lobisomem.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"Antes de ser internacionalmente conhecida como principal cartão postal da cidade; antes de ser vista como destino turístico e/ou reduto boêmio; e bem antes de ir parar nas páginas policiais, a Vila de Ponta Negra já era um grande celeiro de Cultura e tradições que resiste ao tempo, a tudo e a todos. O bairro é guardião de uma história com mais de 300 anos, ainda pouco conhecida pelos natalenses", comenta o roteirista do projeto, Yuno Silva. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Joanisa Prates destacou a experiência dos três envolvidos com o rádio. "Mas produzir um rádiodocumentário foi um desafio pra nós. Estamos cordelizando o roteiro para poetizar os relatos". Joanisa acredita na veiculação do projeto nas rádios locais até o fim do ano. O I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos / Prêmio Roquette-Pinto priorizou temas que valorizam a Cultura brasileira.</div><br />
<div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">* Fonte: <a href="http://www.diariodenatal.com.br/2010/10/03/muito3_0.php">Diário de Natal - 3/out/2010</a></span></b></div><div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">por Sérgio Vilar | Foto: Yuno Silva</span></b></div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-41239855889116772152010-09-30T02:11:00.012-03:002010-09-30T02:41:34.367-03:00☼ VOZES MULTIFACETADAS<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhalWchppc6vWBHmY3BImQez3CyGzDQG-CT8a7yBKZN-UY67Xca3AK4Dzha1io_N1kYLLzDVbnLeRVtoap5jEe6wC7P2bJIzgKNXD9tsUs5z543KplcR12Wf3OSemJNAfVYcRvxMNr1DXsT/s1600/novojornal1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhalWchppc6vWBHmY3BImQez3CyGzDQG-CT8a7yBKZN-UY67Xca3AK4Dzha1io_N1kYLLzDVbnLeRVtoap5jEe6wC7P2bJIzgKNXD9tsUs5z543KplcR12Wf3OSemJNAfVYcRvxMNr1DXsT/s320/novojornal1.jpg" width="320" /></a><b>Radiodocumentário mergulha no universo cultural da Vila de Ponta Negra para compor um relato humano e poético</b><b> </b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">D</span></b></span>as histórias serem faladas e contadas a todo instante, na maioria das vezes quando olhamos para trás percebemos que não há registros dessas vozes que musicam o cotidiano entre conversas fi adas, sérias e mitos, que caracterizam a cultura de pessoas sobreviventes ao império da Modernidade. Foi com objetivo de registrar e contar para a própria Natal e para o Brasil inteiro a história da Vila de Ponta Negra, que foi idealizado o radiodocumentário Vozes da Vila.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O projeto foi o único do Rio Grande do Norte a ser selecionado no 1° Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos/Prêmio Roquette-Pinto, realizado pela Associação de Rádios Públicas do Brasil (Arpub), com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultural (MinC), recebendo o prêmio de R$ 20 mil para produção. Coordenado por Joanisa Prates, Ana Ferreira e Yuno Silva, o Vozes da Vila foi apresentado à Arpub pela Rádio Universitária FM, via Fundação Norte Rio Grandense de Pesquisa e Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Funpec). “Fizemos o projeto e apresentamos à superintendente Josimey Costa, que gostou da proposta e concordou em inscrevê-lo no edital”, explicou a graduanda em Comunicação Social, Ana Ferreira.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O rádiodocumentário terá 12 episódios, de 30 minutos cada que serão veiculados pela FMU e por diversas rádios do país associadas à Arpub. Cada capítulo terá um tema diferente, retratando peculiaridades das histórias dos pescadores, das rendeiras, das lendas da Vila de Ponta Negra, dos grupos de dança e também da religiosidade, da culinária e da especulação imobiliária que toma conta da área. Os 12 episódios foram produzidos em 75 dias, e contaram com a participação de 40 entrevistados. A expectativa é de que à partir de novembro eles sejam veiculado nas rádios.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_4FYwLfX9XFp-00C8pLSQ5XfH-PdnvWZG7ZRaga7tDHDR8gXL5Z7et-TSZVF3VU9YTUgxc32eKD6TqLMBKwRr0agIi6tDwS-F83J3Eh7Ovpe2o8nYCLkPh-qoMbRbFzcREpQeTlTNdZQ/s1600/novojornal2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL_4FYwLfX9XFp-00C8pLSQ5XfH-PdnvWZG7ZRaga7tDHDR8gXL5Z7et-TSZVF3VU9YTUgxc32eKD6TqLMBKwRr0agIi6tDwS-F83J3Eh7Ovpe2o8nYCLkPh-qoMbRbFzcREpQeTlTNdZQ/s1600/novojornal2.jpg" /></a><b>Ana Ferreira</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A decisão por contar histórias sobre a cultura da Vila de Ponta Negra é resultado do interesse dos três idealizadores do projeto que também são moradores do bairro. Segundo Ana Ferreira, o objetivo é valorizar a memória e a oralidade de um povo, produzindo um documento sonoro da história de um bairro. “Todo mundo sabe que ele existe, mas e a história dele. Cadê a história dele?”, ressaltou Ana, além de destacar que tem aprendido muito com as histórias que ouviu. “Não é justo que a Vila que é mais antiga que o Conjunto de Ponta Negra seja o primo pobre. A vila não é só violência e drogas”, finalizou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O radiodocumentário mostrará a realidade do bairro, contando as histórias da forma mais natural possível. Para isso, os textos foram escritos em forma de cordel e a locução será feita pelo ator e professor Rodrigo Bico. O cordelista é o poeta Emmanoel Iohanan, e as músicas são da autoria de Carlos Zens. “Quisemos fazer da forma mais poética possível. O locutor servirá como guia turístico ao ouvinte”, disse Ana.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ainda, segundo ela, o uso do Cordel como linguagem para os programas tem como objetivo caracterizar o Nordeste à partir dessa arte, que é uma linguagem que facilita o entendimento ao ouvinte, permitindo que ele</div><div style="text-align: justify;">sinta da forma mais fiel possível o ambiente. “Gravamos entrevistas em que o som produzido pelos bilros das rendeiras, o entrar e sair de pessoas no ambiente de trabalho delas são fundamentais para a fidelidade da cena”, explicou Ana.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Histórias como a do senhor Manuel Manuelito que afirmou ter sido perseguido por um lobisomem ganham destaque e gosto popular. “Muita gente viu o lobisomem. Eles sabem até a reza que faz o homem virar lobisomem”, finalizou Ana. O grupo pretende ainda dar cópias dos episódios para as escolas de Natal, Bibliotecas e Instituto Histórico e Geográfico.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5m10gOeGdJ2XfTqAivqEybtXawJySnFWKk_g3hDhuxJRLB5AJdmlpiTkzvT0k7ViaUXN8pG1lyCeoz5IjYSdl8yZ6xj-jjYN4fVrUN7tSI_aPySPClsegxaS9ay9Axi5NYsHTwLXc3h_S/s1600/novojornal3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5m10gOeGdJ2XfTqAivqEybtXawJySnFWKk_g3hDhuxJRLB5AJdmlpiTkzvT0k7ViaUXN8pG1lyCeoz5IjYSdl8yZ6xj-jjYN4fVrUN7tSI_aPySPClsegxaS9ay9Axi5NYsHTwLXc3h_S/s320/novojornal3.jpg" width="240" /></a><b>MEMÓRIA DA CIDADE RESGATADA EM SÉRIE</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Maria Helena, afamada rendeira de uma estirpe de artesãs</b></div><div style="text-align: justify;"><b><br />
</b></div><div style="text-align: justify;">Maria Helena Correia, 67, é professora aposentada e desde os 7 anos de idade faz renda. “Minha mãe também era rendeira. A gente fazia sentada no chão das calçadas, passava o dia todo nisso”, relembra Maria Helena. Dona Maria Helena afirmou que naquela época muitas mulheres iam a pé até a avenida Rio Branco, no Centro da Cidade, onde havia um mercado público para vender as rendas e frutas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Maria Helena participou de cinco episódios do projeto. Mesmo exercendo a profissão de professora, ela nunca pensou em largar os grupos das rendeiras e pastoril, que faz parte. “Eu morei aqui numa época em que não tinha água, nem luz. Era uma época mais feliz, em que a gente podia correr que não seria atropelada. Toda a comunidade era rendeira. Eu sinto falta de um ar mas puro, de inocência. A gente nunca pensou em ficar assim com tantos prédios”, explicou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ela relembrou ainda a época em que fez o curso de Treinamento de Professores Leigos, em 1964, no Atheneu, época em que o pau de arara de João Virgulino era o único transporte e só fazia o percurso três vezes ao dia. Nas vezes em que perdeu a viagem dona Helena teve que pegar ônibus até as proximidades do Estádio Machadão onde, à época, havia uma corrente que demarcava o final do território da cidade. À partir de lá, ela tinha que fazer a pé o percurso até sua casa na Vila.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para Maria Helena, a comunidade da Vila cresceu, o que gera muito emprego para as jovens. “Hoje em dia elas que não querem perder a tarde inteira confeccionando uma peça para vender por R$ 30, quando elas podem trabalhar num hotel desses e ter um salário no final do mês. Temos novos costumes, novos hábitos de vida. Convivemos com pessoas diferentes, de línguas diferentes”, finalizou.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">* Fonte: </span></b><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><a href="http://www.novojornal.jor.br/" target="_blank">Novo Jornal - 30/set/2010</a></span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">por Priscila Adélia Pontes | </span></b><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium; font-weight: normal;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Fotos: Humberto Sales/NJ </span></b></span></span></b></div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-34697712039330100132010-09-27T15:17:00.011-03:002010-10-22T11:40:06.462-03:00☼ CULTURA NAS ONDAS DO RÁDIO<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihZM8qjmiif1b-uSQ_eCze3TULbtVbpmykyqiljFE_LYZXSUcOF6GvvhU2LeM1udbWOk0TMUwAtflf1skCwak5Ayxy2ZQkuBP-xAJSxwkTIR5XKV24cxTEqPXuVqomHUC309MDTRs2txVv/s1600/Cortejo-Cultural-(27).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihZM8qjmiif1b-uSQ_eCze3TULbtVbpmykyqiljFE_LYZXSUcOF6GvvhU2LeM1udbWOk0TMUwAtflf1skCwak5Ayxy2ZQkuBP-xAJSxwkTIR5XKV24cxTEqPXuVqomHUC309MDTRs2txVv/s1600/Cortejo-Cultural-(27).jpg" /></a></div><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;">J</span></span></span></span>á imaginou escutar além de música e notícia, um pouco da cultura do seu estado? Partindo de um ideal de resgate cultural é que a equipe do projeto VOZES DA VILA está produzindo um radiodocumentário, tendo como cenário para as gravações, a Vila de Ponta Negra, considerada celeiro cultural de Natal/RN. A comunidade está localizada junto a um dos mais belos cartões postais da cidade que é a praia de Ponta Negra.<br />
<br />
<b>Mestre Severino do Coco de Roda</b><br />
<b><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Foto: Joanisa Prates</span></i></b><br />
<br />
O radiodocumentário VOZES DA VILA trata-se de um projeto com seis horas de programa, dividido em 12 episódios de 30 minutos cada, que abordará aspectos e temas distintos como Cultura Popular, Pesca e Surf (Homens ao Mar), gastronomia (Sabores da Vila), turismo, educação, meio ambiente, urbanismo, lendas, crenças e religiões.<br />
<br />
A produção do radiodocumentário está em andamento e o prazo para conclusão foi definido para o início de outubro, quando será enviado à Arpub – que irá distribuir nacionalmente entre suas rádios associadas. Ou seja, além do VOZES DA VILA ser veiculado pela Universitária FM (RN), o programa também será transmitido para todo o País.<br />
<br />
Parabéns a equipe pela iniciativa!<br />
<br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: 85%;"><span style="font-weight: bold;">* Fonte: </span><a href="http://www.naoehumblog.com/2010/09/cultura-potiguar-nas-ondas-do-radio.html" style="font-weight: bold;">Não eh um blog - 23/set/2010 </a></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><b>por Lamonier Araújo (@lamonier)</b></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-36414688485788101852010-09-25T00:48:00.002-03:002010-10-22T11:39:02.865-03:00☼ ALÔ ALÔ VILA DE PONTA NEGRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNMqLiExWgXbw5Ms4KqeKhnXeSiQURrHOFex07Kf6BUnrmdNAHwM4dlk3JqAr-d_AAaMej4UZFQmAgqDJo2vL3K8TaJGI39TKB8YuIuD98BesJZH03SKZIrHnPpGOA33RNYbblVFqa4WyO/s1600/Tribuna+do+Norte+-+21set.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNMqLiExWgXbw5Ms4KqeKhnXeSiQURrHOFex07Kf6BUnrmdNAHwM4dlk3JqAr-d_AAaMej4UZFQmAgqDJo2vL3K8TaJGI39TKB8YuIuD98BesJZH03SKZIrHnPpGOA33RNYbblVFqa4WyO/s640/Tribuna+do+Norte+-+21set.jpg" width="356" /></a><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; color: black;"></span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-large;">P</span></b></span>rojeto Vozes da Vila, único do RN selecionado pelo MinC no I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos - Prêmio Roquette-Pinto - produzirá seis horas de programa sobre cultura popular, pesca e surf, gastronomia, religiosidade e meio ambiente na Vila de Ponta Negra.</div><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">[clique na imagem para ampliar]</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><br />
</span></b><br />
<div style="text-align: right;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">* Fonte: <a href="http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/alo-alo-vila-de-ponta-negra/160190">Tribuna do Norte - 21/set/2010</a></span></b></div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-65385164415057251412010-09-05T15:33:00.004-03:002010-10-22T11:41:57.774-03:00☼ ROQUETTE-PINTO PREMIA O RN<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgifMmZGXYhRfwNZitJzs6tjvc6VRLMhmFpZ3G04Xzb25-drUNplfgNrJvoEIPf_UtkdG474sAs7kNBjsedxGuiocPK-NqaRQPEWS4u1vbmzI28T9W60RQJv2LE1LosNAUYCY2sPrV4EOF0/s1600/PREMIO-ROQUETTEPINTO4.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgifMmZGXYhRfwNZitJzs6tjvc6VRLMhmFpZ3G04Xzb25-drUNplfgNrJvoEIPf_UtkdG474sAs7kNBjsedxGuiocPK-NqaRQPEWS4u1vbmzI28T9W60RQJv2LE1LosNAUYCY2sPrV4EOF0/s1600/PREMIO-ROQUETTEPINTO4.jpg" /></a></div><span style="font-size: 180%;"><span style="font-weight: bold;"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;">O</span></span></span> Rio Grande do Norte teve um trabalho premiado através do Prêmio Roquette-Pinto. Primeiro concurso de produção radiofônica no país, o Prêmio Roquette Pinto é um projeto da ARPUB – Associação das Rádios Públicas do Brasil, com o apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Petrobras, e visa estimular o aporte de novos conteúdos para as emissoras públicas, de quatro gêneros que estavam bastante desaparecidos do rádio brasileiro: radiodocumentário, radiodramaturgia, programa infanto-juvenil e rádio-arte.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">O Prêmio</span><br />
<br />
Quarenta proponentes foram selecionados e receberão cada um o prêmio no valor de R$ 20 mil (vinte mil reais). Os programas produzidos serão veiculados pelas emissoras públicas associadas à ARPUB e ficarão à disposição para veiculação em rádios não-comerciais. A previsão é de que os programas comecem a ser veiculados nas rádios públicas a partir de setembro de 2010.<br />
<br />
Os ouvintes de rádio, que ainda são muitos, terão a oportunidade de ouvir programas premiados sobre diversidade cultural pernambucana (radiodocumentário), resgate da história e da identidade das mulheres negras (radiodocumentário), adaptações de contos de Machado de Assis (radiodramaturgia), mitos africanos (programa infanto-juvenil), experiências sonoras sobre a diversidade do cerrado (rádio-arte), entre muitos outros temas.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">SOBRE O PROJETO</span><br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Radiodocumentário</span><br />
<br />
VOZES DA VILA: a Rádio FM Universitária/FUNPEC (Fundação Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura) produziu o programa sobre Ponta Negra, cartão postal de Natal RN que abriga uma tradicional vila de pescadores de origem agrícola e familiar. Antigos costumes e manifestações culturais resistem na sabedoria dos mais velhos, enquanto as novas gerações perdem o interesse com as constantes lapidações de sua identidade. O projeto mergulha nesse universo sociocultural para registrar os pormenores da comunidade.</div><br />
<div style="text-align: right;"><span style="font-size: 85%;"><span style="font-weight: bold;">* Fonte: <a href="http://www.nabocadomundo.com/noticias/visualizar/26944/premio_roquette-pinto_premia_o_rio_grande_do_norte_em_producao_radiofonica_brasileira" target="_blank">Na boca do mundo - 19/jul/2010</a></span><br />
</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-91475803832528803162010-09-01T04:49:00.005-03:002011-02-19T23:53:01.901-03:00☼ DETALHES DA PRODUÇÃO<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrm1MOpSwK19CwZlS_4eANTydAwidgWAUkvIU9qoNnSqx0n8FMnyr6kcO6Fon5PwCfFBqZHPSfl0XZ3wDXobODoTQnZOXcQbTewZkwOuUFOCFWrzwD4uJZyxcd93zdBO8Vai9vne-Q-StL/s1600/Cortejo-Cultural-(36).jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514019893587752834" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrm1MOpSwK19CwZlS_4eANTydAwidgWAUkvIU9qoNnSqx0n8FMnyr6kcO6Fon5PwCfFBqZHPSfl0XZ3wDXobODoTQnZOXcQbTewZkwOuUFOCFWrzwD4uJZyxcd93zdBO8Vai9vne-Q-StL/s400/Cortejo-Cultural-(36).jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 280px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 240px;" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-size: 180%;"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;">A</span></span></b></span> narrativa do radiodocumentário VOZES DA VILA será um elemento importante para a compreensão do conteúdo, por isso será adotada locução despojada e animada, interpretada por ator experiente. Os textos serão rimados em formato de cordel e as entrevistas intercaladas por intervenções explicativas e objetivas (também em versos), fatores que irão manter o interesse do ouvinte e reforçar a contextualização do assunto abordado. O clima regional será reforçado por trilha sonora original, produzida por músicos potiguares.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Cortejo Cultural da Vila: Congos de Calçola</b></div><div style="text-align: justify;"><b><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Foto: Joanisa Prates</span></i></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div><div style="text-align: justify;">As pesquisas sobre a origem e a cultura da Vila de Ponta Negra serão realizadas numa perspectiva interdisciplinar, através do olhar de diferentes áreas, na interface entre Comunicação Social, Ciências Sociais, Turismo, Arquitetura, Meio Ambiente e Artes, resultando na produção de um conhecimento que possa gerar um documentário contemplativo sobre passado, presente e futuro dessa região.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">Apesar de diversificado, há características comuns no público alvo do radiodocumentário, como: interesse histórico, educativo e cultural; preservação da identidade cultural; preservação e divulgação de patrimônio imaterial; meio ambiente; conflitos sociais e urbanos; ocupação do solo; saneamento básico e turismo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">DIREÇÃO e PRODUÇÃO EXECUTIVA - Joanisa Prates</div><div style="text-align: justify;">PRODUÇÃO, PESQUISA e ROTEIRO - Ana Ferreira e Yuno Silva</div><div style="text-align: justify;">CORDEL e POESIA - Emmanoel Iohanan</div><div style="text-align: justify;">LOCUÇÃO - Rodrigo Bico</div><div style="text-align: justify;">TRILHA SONORA - Carlos Zens</div><div style="text-align: justify;">EDITOR DE ÁUDIO - Eduardo Pandolphi</div><div style="text-align: justify;">CAPTAÇÃO DE ÁUDIO e SONOPLASTIA - Rafael Telles<br />
TRANSCRIÇÃO - Janaina Spineli<br />
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL - Mudernage</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>EPISÓDIOS</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">1. ERA UMA VOZ NA VILA... – introdução e apresentação, histórico, dados e estatísticas, contextualização e atualidades;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">2. HOMENS AO MAR – pescadores, surfistas, início da relação comunidade x mar, atividade comercial e fatos históricos;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">3. SABORES DA VILA – os quitutes que resistiram ao tempo, os primórdios da comunidade em torno das casas de farinha, especialidades culinárias, o contexto atual com a altíssima gastronomia mundial;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">4. CULTURA POPULAR (PARTE 1) – origem, presente e futuro das manifestações culturais, a resistência dos grupos e a nova geração;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">5. CULTURA POPULAR (PARTE 2) – detalhes sobre cada um dos grupos: Bambelô, Congos de Calçola, Boi de Reis, Coco de Roda, Pastoril e Lapinha;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">6. LENDAS E HISTÓRIAS – o lobisomem, as lendas da comunidade contadas pelos mestres da cultura popular, histórias de pescador e personagens da Vila;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">7. TURISMO E ECONOMIA – o potencial turístico, a beleza natural exuberante, a especulação imobiliária, degradação ambiental, poluição do mar, falta de saneamento, crescimento urbano desordenado e abismo social;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">8. ARTES DA VILA – as rendeiras, atividades artísticas e culturais desenvolvidas no bairro: circo, teatro, dança, música, ponto de cultura, cineclube;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">9. CRENÇAS E RELIGIÕES – a hospedagem do Papa João Paulo II, igrejas católicas, evangélicas, terreiros de candomblé, centros espíritas e reuniões budistas;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">10. MEIO AMBIENTE E URBANISMO – a ocupação irregular do solo, a verticalização radical do bairro, os zoneamentos de áreas de interesses específicos, a complexidade urbana, a falta de espaços públicos de lazer e o ecossistema social;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">11. MOVIMENTOS SOCIAS – projetos de amparo social, presença de instituições públicas e/ou privadas no bairro, atuação de ONGs, movimentos populares, voluntários, necessidades, novas iniciativas e projetos de segurança pública;</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;">12. COMUNICAÇÃO POPULAR E EDUCAÇÃO – televisão pública na praça, fofoca comunitária, as primeiras escolas, os primeiros professores, o Patronato (internato católico), interação da Vila com Natal antes das construções de estradas.</div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-65930815229387846552010-09-01T03:19:00.006-03:002011-02-19T23:53:39.550-03:00☼ CONTEXTO HISTÓRICO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1C3oBT0u3kQSyrmiX0ea2ZiPBRPJm7cvwJRNGtmzXH6e9OVtsWN_zhk6zxeL5_fwZNBu2bi2j5JmcFwDtp6xIePiF4YiMGrbHf_lq4hU12xDmrlwHWQdYYOWoeyP7ZaMWCQqagV5uagsK/s1600/Cortejo-Cultural-(35).jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514021896153816706" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1C3oBT0u3kQSyrmiX0ea2ZiPBRPJm7cvwJRNGtmzXH6e9OVtsWN_zhk6zxeL5_fwZNBu2bi2j5JmcFwDtp6xIePiF4YiMGrbHf_lq4hU12xDmrlwHWQdYYOWoeyP7ZaMWCQqagV5uagsK/s400/Cortejo-Cultural-(35).jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 280px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 240px;" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 180%;"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;">A</span></span></span></b></span>ntigo conglomerado agrícola e familiar, a Vila de Ponta Negra assistiu de camarote sua primeira grande transformação com a mudança no meio de subsistência. No início da década de 1960, plantações foram destruídas pelo Governo vigente e existem relatos atestando que moradores chegaram a adoecer, e mesmo a morrer, pelo desgosto de ver sua terra ameaçada e destruída. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Cortejo Cultural da Vila: Congos de Calçola</b></div><div style="text-align: justify;"><b><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">Foto: Joanisa Prates</span></i></b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div><div style="text-align: justify;">Desde então, as principais atividades econômicas passaram a ser a pesca e o comércio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">Atualmente, Ponta Negra concentra os principais investimentos imobiliários e turísticos de Natal e, dentro desse contexto, a cultura e a essência da Vila estão caindo no esquecimento dos natalense e dos próprios moradores do bairro. A maioria dos turistas não entra em contato com esse rico manancial de tradições, manifestações da cultura popular e atividades artesanais, e as novas gerações estão perdendo o interesse em perpetuar essas tradições devido a constante desvalorização de sua identidade cultural.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div style="text-align: justify;">Sendo assim, VOZES DA VILA, propõe contar, em doze episódios, o universo sociocultural da Vila de Ponta Negra, buscando resgatar os pormenores de sua trajetória desde seu surgimento até os dias de hoje.</div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-63042950228899477172010-09-01T00:36:00.000-03:002010-11-30T22:54:58.099-03:00☼ VOZES DA VILA<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1dPjpkRjmGiZHNdjXKrVC1-ApxeCSP5tqHFoSE94FSA8eznYaoGP0cQtR_-gcSoOUTXyX0p6DpYdeUuV21CJRls-4B3FMoJlFbcTGgppRGeqUfp4p7U4Kaiq2mWTikzFN5FEw1RLbEIUR/s1600/Cortejo-Cultural-(37).jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514018641306135074" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1dPjpkRjmGiZHNdjXKrVC1-ApxeCSP5tqHFoSE94FSA8eznYaoGP0cQtR_-gcSoOUTXyX0p6DpYdeUuV21CJRls-4B3FMoJlFbcTGgppRGeqUfp4p7U4Kaiq2mWTikzFN5FEw1RLbEIUR/s400/Cortejo-Cultural-(37).jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 280px; margin: 0pt 10px 10px 0pt; width: 240px;" /></a><span style="font-size: 180%;"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: magenta;">A</span></span></span></b></span>ntes de ser internacionalmente conhecida como principal cartão postal da cidade; antes de ser vista como destino turístico e/ou reduto boêmio; e bem antes de ir parar nas páginas policiais, a Vila de Ponta Negra é um grande celeiro de Cultura e tradições que resiste ao tempo, a tudo e a todos! O bairro é guardião de uma história com mais de 300 anos, ainda pouco conhecida pelos natalenses, que catalisa boa parte do que restou da empoeirada memória da capital potiguar.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><b>Cortejo Cultural da Vila: Congos de Calçola</b></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><b>Foto: Joanisa Prates</b></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><b><br />
</b></span></i></div></div><div><div style="text-align: justify;">Para descortinar esse rico universo que pulsa lembranças de pescadores, mestres e rendeiras, entra em cena o radiodocumentário VOZES DA VILA – projeto apresentado pela Universitária FM/Funpec ao I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos / Prêmio Roquette-Pinto. Realizado pela Arpub (Associação das Rádios Públicas do Brasil), com patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura, o Prêmio selecionou 40 propostas de todo o Brasil, sendo 13 radiodocumentários, e o VOZES DA VILA é o único projeto contemplado no RN.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">Serão seis horas de programa, dividido em 12 episódios de 30 minutos cada, que abordará aspectos e temas distintos como Cultura Popular, Pesca e Surf (Homens ao Mar), gastronomia (Sabores da Vila), turismo, educação, meio ambiente, urbanismo, lendas, crenças e religiões.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div></div><div><div style="text-align: justify;">A produção do radiodocumentário está em andamento e o prazo para conclusão foi definido para o final do mês de setembro, quando será enviado à Arpub – que irá distribuir nacionalmente entre suas rádios associadas. Ou seja, além do VOZES DA VILA ser veiculado pela Universitária FM, o programa também será transmitido para todo o País.<br />
<br />
<b>O EDITAL</b><br />
O I Concurso de Fomento à Produção de Programas Radiofônicos / Prêmio Roquette-Pinto selecionou 40 projetos de todo o Brasil, com temas que valorizam a Cultura brasileira, divididos em quatro categorias: radiodocumentário (13), radiodramaturgia (10), programa infanto-juvenil (10) e radioarte (7). Cada proposta recebeu R$ 20 mil para viabilizar sua produção.</div><br />
</div><div><b>Informações, entrevistas e contatos</b><br />
Joanisa Prates – 84 8838-5881<br />
Ana Ferreira – 84 8824-9155<br />
Yuno Silva – 84 8827-2006</div>Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-50933852333578670412010-09-01T00:23:00.001-03:002020-05-06T05:44:58.813-03:00☼ VÍDEOS - VOZES TV<center>
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<b>Um dia em Ponta Negra</b> mostra como é o cotidiano dos trabalhadores informais da praia. Com uma trilha sonora totalmente potiguar, o "curta-documentário" transcorre de maneira espontânea, buscando deixar evidente os personagens que atuam diariamente nas areias da beira mar.<br />
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<object height="385" width="480"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/Wg6qd8kA4hM?fs=1&hl=pt_BR"></param>
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<b>As renderiras da Vila de Ponta Negra</b> se reúnem todas as tardes na casa da Mestra Maria de Lourdes. Essa arte secular corre o risco de desaparecer em Natal pois a maioria das meninas, moças e mulheres não se interessam em aprender essa atividade que um dia foi muito rentável. Por que será que um bairro como Ponta Negra, que recebe milhares de turistas de todo o mundo, não consegue fazer da tradição uma fonte de renda para os moradores?<br />
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<object height="385" width="480"><param name="movie" value="https://www.youtube.com/v/x-avymPiW4s?fs=1&hl=pt_BR"></param>
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<b>Congos de Calçola</b> - Reduto Cultural, a Vila de Ponta Negra é guardiã de memórias e tradições transmitidas de geração em geração. <br />
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Yuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1955106039541876523.post-49141209890976108982010-09-01T00:22:00.006-03:002020-05-06T05:46:02.115-03:00☼ EQUIPE VOZES DA VILA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=1955106039541876523&postID=4914120989097610898" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdBVhmYiWclSmXbz6sG_IWW19u4YeEm-cQRxlO4CoxVpocynrwNZG4Qbzy1nm8TDUYCCEq-AWTEKywpySA_aw5eoDluNChUsTfALk8wSOzy1SAGFw3zV_KHDFXCD2NQiCllNhehZ8W42bJ/s1600/VOZES-ICONE2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: center;">
<b>RADIODOCUMENTÁRIO ☼ VOZES DA VILA</b></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<b> Joanisa Prates</b></div>
<div style="text-align: center;">
Direção | Produção Executiva</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Ana Ferreira e Yuno Silva</b></div>
<div style="text-align: center;">
Produção | Pesquisa | Roteiro</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Emmanoel Iohanan</b></div>
<div style="text-align: center;">
Cordel | Poesia</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Rodrigo Bico</b></div>
<div style="text-align: center;">
Locução</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Carlos Zens </b><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><a href="http://www.carloszens.com.br/" target="_blank">[+]</a></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
Trilha Sonora</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Eduardo Pandolphi</b></div>
<div style="text-align: center;">
Edição de Áudio</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Rafael Telles</b></div>
<div style="text-align: center;">
Captação de Áudio | Sonoplastia</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Janaina Spineli</b></div>
<div style="text-align: center;">
Transcrição</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b> Mudernage <span class="Apple-style-span" style="font-size: small;"><a href="http://www.mudernage.com.br/" target="_blank">[+]</a></span></b></div>
<div style="text-align: center;">
Produção Audiovisual</div>
<br />
<b>» Informações, entrevistas e contatos</b><br />
» vozesdavila@gmail.comYuno Silvahttp://www.blogger.com/profile/17202703039428320143noreply@blogger.com